Era uma vez uns ovitos que se soubessem para o que estavam guardados
tinham ficado tranquilamente no cu da galinha, passe a expressão
ordinária mas como foram atrevidos saíram e pronto traçaram o seu
destino macabro.
imaginem que ainda era novinhos e partiram-nos
logo, nem chegando a viver a sua infância quanto mais a adolescência e
para agravar a situação, dividiram-nos ao meio, gemas para um lado e
claras para o outro e sem direito a reclamações.
depois disto
ainda torturaram as gemas, fazendo-as passar por uma peneira e era ouvir
os gritos das coitadas mas não havia nada a fazer, quem lhes fez isto
deixou-as depois a repousar enquanto foram preparar o resto da tortura
que constava de um banho de água, açúcar e gotas de baunilha.
as
gemas em repouso olhavam tudo aquilo com um ar inquieto, ignorando o que
lhes ia acontecer a seguir, passando da inquietação ao terror, porque o
tal banho acabou de ir para o lume. era assim um banho a ferver.
nessa
altura obrigaram as pobres gemas a passar por um funil estranho de três
buracos muito estreitinhos, saindo pelo outro lado desse estranho
instrumento em fios que mais pareciam linhas de coser trapos…
as
pobres gemas caiam assim no banho quente, sendo logo agitadas por uma
colher de pau em movimentos circulares e nunca chegaram a perceber para
que servia esse ritual… só sabiam que ficaram pouco tempo no banho, vá
lá e eram logo retiradas com um garfo, para um sitio onde ficavam a
escorrer, o que as aliviou bastante depois daquele banho a escaldar e
mais aliviadas ficaram quando as colocaram num tabuleiro e lhes deram
novo banho mas desta vez com água gelada.
começaram a pensar que
os humanos eram a espécie mais doida e estúpida que podia existir mas
como já tinham concluído, estavam nas mãos deles e não podiam fazer
nada.
a estupidez aumentou quando depois do banho gelado, ainda
levaram com uma colherada do tal banho quente... merda então isto não
pára? Não, não pára.
de novo veio o tal garfo que afastou uns dos
outros os desgraçados fios em que as gemas se transformaram e de novo
os obrigaram a escorrer toda a humidade que tinham ganho com toda a
tortura a que foram submetidas.
no final ainda houve uma voz masculina que berrou: então ninguém rega isto com um pouco de rum?
felizmente para elas não havia rum na casa, escapando desse modo a uma bebedeira de caixão à cova mas eu disse escaparam?
Não, não, infelizmente não escaparam, de repente apareceu um garfo por cima delas e….
ainda escorregavam por um túnel escuro e húmido quando ouviram uma voz distante:
DELICIOSO!!!!
Depois... silêncio total…
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