quinta-feira, 5 de maio de 2016

MANUEL MONTEIRO - Arthur Santos



















Manuel Augusto Monteiro (Vila Real, 14 de Agosto de 1948)
 Camponês, operário, escritor, alfarrabista. Militante revolucionário, ex-deputado, ex-autarca... e fodido com isto tudo (segundo ele próprio gosta de dizer). Publicou até ao momento, dois livros de poesia, dois romances e um de memórias: "Perder a esperança, porquê? - um operário fala do seu tempo".

Poeta, político, pensador,
amigo leal e verdadeiro,
operário, doutor Manuel Monteiro,
vais morrer pela poesia.
vou-te matar em pleno dia,
ali mesmo na Feira da Ladra
com todo o respeito
e nem irei parar à esquadra.
será um crime perfeito!

um crime à minha maneira.
vou ter contigo
numa manhã de terça feira,
levando o Herberto Helder comigo
e obrigamos-te a confessar sem demora
como descobriste onde ele mora.

depois da confissão chegará a tua vez.
do teu imaginário Falcão Albanês
levarás uma profunda bicada,
com o seu bico feito aço
e morrerás com um forte abraço,
deste teu eterno camarada!

Reacção de Manuel Monteiro a este poema:

Ámen, irmão.. Belo...belo...belo. Estou comovido! Fico honrado!

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