domingo, 24 de setembro de 2017

2 POEMAS de Joaquim Alves






















COM CLORETO DE SÓDIO E SORRISOS
Caíram umas gotas de cloreto de sódio
sobre a página acabadinha
de escrever

nem reparei que tinha acontecido

o poema ficou mais luminoso
as palavras ganharam nova dimensão
e a folha olhou-me feliz

fui dormir a sorrir
de mais um milagre





LÁGRIMAS DE MAIO
Cheiram a cerejas e a veludo
as lágrimas de maio

cheiram a todas as revoltas
que vieram e hão-de vir

maio de bem e mal querer

munca mal algum te fiz
nem tu a mim

por que insistes
em tornares e fazeres-me

completamente
um trapo humano
 

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