Eu sou o sujeito desta história
tenho um cravo magoado por irmão
trago um país antigo na memória
levanto-me de noite e cheiro a pão
Nasci entre poejos e coutadas
cresci vendo torrões e raiva tanta
e nas noites longas e estreladas
cantei o amor doendo na garganta
E lutei cantando. Cantei o sul e o norte
e a urgência tamanho da razão
cantando fazia-me mais forte
a alegria inundando o coração
E no Alentejo aprendi
a cantar em companhia
unindo os braços vivi
onde o meu povo crescia
Por isso cantámos juntos
e derrubámos o muro
seremos todos ou muitos
mas já nasceu o futuro
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